SUBTENENTE DO CORPO DE BOMBEIROS ENCERRA A CARREIRA APÓS 31 ANOS DE SERVIÇO


Quatro de abril de 1988 é considerada uma data preciosa para subtenente Egídio de Souza Monteiro, naquele dia, o militar iniciava a sua história no Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão. O tempo passou, e na última semana, o subtenente foi transferido para o quadro de bombeiros militares da reserva remunerada. Após trinta e um anos dedicados a salvar vidas, outras emoções preencheram um novo capítulo da vida do bombeiro, marcado pela despedida dos colegas e da corporação que tanto aprendeu a amar.
Após trabalhar no 2º Batalhão de Bombeiros Militar, na Seção de Combate a Incêndios da região aeroportuária, Egídio encerrou a sua carreira no 10º Batalhão de Bombeiros Militar, na cidade de São José de Ribamar, onde atualmente desempenhava a função de chefe de Socorro e atendia, principalmente, ocorrências de incêndios em edificações, em áreas de vegetação, e acidentes marítimos.
Em uma das ocorrências mais marcantes, o subtenente conta as dificuldades vivenciadas por ele no combate a um incêndio de uma siderúrgica na região industrial de São Luís, em 2010. A grande concentração de carvão dificultou a ação dos bombeiros, que permaneceram por mais de 12 horas na operação de extinção do fogo. “Havia muito calor naquele local, uma quantidade grande de carvão queimava e produzia muitas chamas. Permanecemos por tanto tempo na ocorrência, que além de fazer vários reabastecimentos de água, tivemos também que reabastecer com combustível o tanque de nossa viatura para que ela continuasse em funcionamento”.
Mais de três décadas, muitas ocorrências com final feliz, e outras nem tanto. Durante todo esse tempo, Egídio não sabe contabilizar quantas operações já participou, a história vivida por ele pode ser representada por muito mais do que vivencias profissionais, mas também pela construção de amizades nascidas no quartel e que até agora são preservadas. “Vejo a minha carreira como uma conquista na minha vida, me dediquei muito, fiz muitos amigos verdadeiros. E no final das contas, posso afirmar que tenho orgulho imenso de ser bombeiro”, disse.
Agora, o subtenente recebe o carinho dos colegas de farda em forma de reconhecimento por tanto tempo de compromisso no trabalho, tempo esse que passará a ser dedicado de forma exclusiva à sua esposa, aos dois filhos e sua netinha Pérola de 3 anos, a nova emoção de mais um capítulo precioso da história de Egídio.