A MÁFIA DO LIXO NO BRASIL


A compostagem é uma atividade extremamente estratégica e que resolve inúmeros problemas de qualquer sociedade consciente. Entretanto, existe a falta de Educação Ambiental e outro detalhe que está diretamente ligado e concorre para a falta de interesse por aqueles que deveriam ser os primeiros a tomarem iniciativas no sentido de reciclar os resíduos orgânicos. Estamos falando da "Máfia do Lixo", que é um esquema de corrupção que envolve empresas privadas de coleta e destinação de lixo, gestores públicos e políticos. 

Inviabilizando a reciclagem, todo esse dinheiro 💰 gasto na destinação do lixo poderia estar sendo investido na educação, saúde, segurança e outros setores.

O pior de tudo é que, além dos prefeitos, outros envolvidos na Máfia do Lixo incluem vereadores, secretários municipais, fiscais e outros agentes públicos que participam do esquema. Apenas neste século, foram identificados desvios milionários dos cofres públicos e dezenas de envolvidos foram condenados, presos ou ainda respondem pelos crimes.

Empresários: Proprietários e executivos de empresas de coleta de lixo que pagaram propinas.

Valor estimado desviado 

O valor estimado desviado pela Máfia do Lixo é de bilhões de reais. Em alguns casos, foi constatado o pagamento de propinas equivalentes a 20% do valor do contrato de licitação.

O esquema da Máfia do Lixo tem consequências negativas para a população brasileira, incluindo:

Aumento do custo da coleta e destinação de lixo;

Redução da qualidade dos serviços de coleta e destinação de resíduos.

Para combater a Máfia do Lixo, faz-se necessário fortalecer os órgãos de fiscalização, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas, para que eles possam investigar e punir os envolvidos no esquema. Além disso, é fundamental aumentar a transparência nos contratos de licitação, para que a população possa fiscalizar os processos.

As empresas de coleta de resíduos ganham no peso do lixo e, por isso, não têm compromisso nem interesse na reciclagem, na educação ambiental ou no fortalecimento das cooperativas e seus catadores.

É preciso ainda educar a população sobre a importância da coleta seletiva e da compostagem para reduzir a geração de lixo. O que deve ser destinado ao aterro são os rejeitos, e não os resíduos. Pois o dinheiro público está sendo usado de maneira errada por corruptos.


Marco Aurélio do Amaral Santos

Ambientalista; Presidente da ONG Libertas; Membro da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Maranhão (CIEA/MA); Coordenador do Fórum Estadual de Educação Ambiental do Maranhão (FEEA/MA); Graduando em Gestão Ambiental; Embaixador do Instituto Lixo Zero Brasil.

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