Um cenário de total descontrole financeiro, desvios de função, nepotismo e total descompasso com a realidade da população marca a gestão da Câmara Municipal de São Luís. Enquanto a cidade enfrenta problemas crônicos na saúde, educação e infraestrutura, o legislativo municipal já estourou em apenas 9 (nove) meses, o total de R$ 133.246.326,69 (Cento e Trinta e Três Milhões, Duzentos e Quarenta e Seis Mil, Trezentos e Vinte e Seis Reais), valor que não se reflete em fiscalização efetiva ou qualidade legislativa, mas sim em uma máquina inchada e opaca. Esta reportagem investigativa do Site Observatório é resultado de um mês de apuração, com base em dezenas de documentos internos, portarias sigilosas e depoimentos de servidores que preferiram manter o anonimato por temer represálias. Veja abaixo, os repasses realizados para conta da Câmara Municipal de São Luís.
O Orçamento Milionário e o Silêncio dos Dados
A Câmara de São Luís é uma das mais caras do Nordeste. Seu orçamento, muito superior ao de cidades maranhenses de porte médio, é sustentado pelos cofres públicos da Prefeitura Municipal de São Luís, que deve ultrapassar neste ano de 2025, a casa dos R$ 6 BILHÕES, arrecadados com multas e impostos do contribuinte. No entanto, a transparência sobre a aplicação desses recursos é praticamente nula. Relatórios de execução orçamentária são genéricos, e os detalhes sobre gastos com “consultorias”, “assessoria técnica” e “material de consumo” são tratados como segredo de Estado.
Documentos internos a que nossa reportagem teve acesso revelam a contratação de empresas de fachada para serviços superfaturados, como a “limpeza” e “Reformas” da Casa, orçada em valores três vezes superiores ao de mercado.
Paralisia Administrativa
Setores inteiros estão paralisados. Há diretores que não têm sequer um computador para trabalhar, mas a verba para a aquisição foi gasta com ‘reformas’ no gabinete da presidência, que já foi reformado pelo menos três vezes nos últimos 4 anos.
Prejuízo para a Cidade e o Futuro Sombrio
O caos na Câmara tem um custo direto para São Luís. Projetos de lei essenciais para atrair investimentos e melhorar o efetivo funcionamento do Poder Legislativo e Executivo, tal como a Lei de Zoneamento, estão há anos engavetados. A função fiscalizadora do legislativo sobre o executivo é inexistente, em há um aparente conchavo que beneficia ambas as esferas de poder.
EM TEMPO: o maior prejudicado é o cidadão. O dinheiro que poderia estar construindo escolas, pavimentando ruas ou equipando hospitais está sendo drenado para sustentar uma estrutura arcaica, corrupta e ineficiente;
E MAIS: enquanto isso, o caos administrativo e financeiro permanece, custando cerca de R$ 200 Milhões por ano aos cofres públicos – um silencioso e custoso assalto à esperança de uma São Luís melhor;
NOTA DA REPORTAGEM INVESTIGATIVA: esta primeira postagem faz parte de uma série investigativa sobre o uso de recursos públicos em São Luís. Novas denúncias, documentos e planilhas de pagamentos serão divulgados.
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