Escolas comunitárias na UTI da UTI”, dispara Astro de Ogum

 


A semana não foi nada tranquila para o prefeito de São Luís – Eduardo Braide(sem partido). Até o momento, o gestor vinha agindo como se absoluto fosse, mas nos últimos dias, foi obrigado a cair na real, dando-se conta que, além dos cidadãos ludovicense, como faz diariamente em suas redes sociais, ele também precisa prestar conta aos 31 membros do Poder Legislativo, os quais tem como função precípua fiscalizar as ações do Executivo.
 
E exatamente no exercício pleno dessa atribuição, que em discurso realizado no plenário Simão Estácio da Silveira, o vereador Astro de Ogum(PCdoB) fez duras críticas à gestão municipal. Além da mobilidade urbana e a falta de sintonia entre os dois poderes, a situação das escolas comunitárias na Grande São Luís não passou despercebida pelo decano no parlamento ludovicense.
 
“Na atual gestão, as escolas comunitárias estão na UTI da UTI”, disparou. Sensível ao problema, já que semanalmente o comunista recebe em seu gabinete representantes desse segmento, Astro compartilhou com os pares que vem dialogando com deputados federais e o Ministério Público para que juntos encontrem uma solução para esse imbróglio.
 
Após realização de um estudo quanto à legalidade, o parlamentar defende a possibilidade dos recursos federais não serem mais depositados nos cofres das prefeituras. “A minha sugestão é que a operacionalidade financeira seja feita pela própria entidade, que deverão se submeter a um criterioso processo de fiscalização, pois no atual modelo adotado, avaliando a situação das entidades que são de suma importância na vida e formação do público alvo, os valores repassados não chegam onde deveriam chegar”.
 
Oficialmente, em toda Grande Ilha, a Prefeitura de São Luís possui 171 unidades escolares, incluindo creches, sem contar, ainda, com o incremento de mais de 150 escolas comunitárias, as quais atuam na educação infantil. No entanto, além das cadastradas junto ao Executivo, existe algumas dezenas mantida por entidades de bairro, que ainda atuam na informalidade, sem qualquer tipo de ajuda do Poder Público.
 
“Precisamos ter a sensibilidade do valoroso trabalho prestado pelas escolas comunitárias, que na grande maioria dos casos só conseguem funcionar mediante a cobrança de taxas dos pais, o que interfere na qualidade do serviço prestado. Como podemos exigir o pagamento de qualquer valor se as famílias mal tem para comer? Estou propondo a realização de um painel para que todos juntos possamos debater e encontrar uma solução real para enfrentar esse grave problema”, finalizou.

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