Por Cel. Carlos Furtado Ainda em São Paulo, onde me encontro desde o dia 10 acompanhando familiares que se encontram em tratamento de saúde, a imprensa brasileira noticia os 95 anos de vida de José Sarney, completados nesse dia 24 de abril. São noventa e cinco primaveras, um outono dourado na alma, e o Brasil celebra um homem que é um rio transbordante de história. O nome José Sarney ressoa como um poema épico em versos tecidos com a trama da política, da literatura e da sabedoria. Tive a honra, um privilégio raro, de me aproximar dessa fonte, sorver um pouco dessa água cristalina que jorra de sua vasta experiência. A inteligência, como um farol aceso à noite, guiou suas palavras; e a sapiência, como um velho carvalho, oferecendo sombra e abrigo. Escritor de escol, a pena em sua mão é como uma varinha mágica, transformando a realidade em arte, a memória em eternidade. Político invejável, navegou em mares turbulentos, erguendo pontes onde outros viam abismos, dialogou com amigos e adve...